A imposição de uma nova tarifa de 30% sobre as importações de produtos da União Europeia (UE) e do México, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou uma onda de preocupação e reações de líderes globais neste sábado (12). A medida, com previsão para entrar em vigor em 1º de agosto, reacende temores de uma escalada nas tensões comerciais internacionais.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, manifestou a prontidão da UE para proteger seus interesses e buscar um acordo até a data limite. Ela enfatizou a abertura e o respeito às práticas comerciais justas demonstrados pela UE, sinalizando que o bloco está preparado para adotar contramedidas proporcionais, se necessário.
O governo italiano, liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, expressou total apoio aos esforços da Comissão Europeia, destacando a importância de manter o foco nas negociações para evitar uma maior polarização, o que poderia dificultar a obtenção de um acordo.
Na Holanda, o primeiro-ministro Dick Schoof classificou a tarifa como "preocupante" e afirmou que não representa o caminho ideal. Ele reiterou o apoio do país à Comissão Europeia e defendeu a união e firmeza da UE na busca por um resultado mutuamente benéfico com os Estados Unidos.
O Ministério da Economia do México informou ter recebido a notificação da nova tarifa e ressaltou que o país continua engajado em negociações com os EUA. Um grupo de trabalho bilateral buscará alternativas antes de 1º de agosto para proteger empresas e empregos. Trump justificou a medida alegando que o México se tornou um "playground do narcotráfico".
A indústria alemã, representada pela BDI, também se manifestou, pedindo negociações urgentes para resolver a crescente disputa comercial. Wolfgang Niedermark, membro do conselho executivo da BDI, descreveu o anúncio de Trump como um "sinal de alarme" para as indústrias de ambos os lados do Atlântico, conclamando governos e a Comissão Europeia a buscarem soluções o mais rápido possível por meio de um diálogo objetivo.