O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, localizado no norte de Minas Gerais, está prestes a fazer história. Neste fim de semana, a Unesco deve avaliar a candidatura do parque a Patrimônio Mundial Natural da Humanidade. A decisão, aguardada para este domingo (13), pode colocar Minas Gerais no mapa dos reconhecimentos naturais da organização, um feito inédito para o estado.
Com mais de 56 mil hectares, o parque abriga um tesouro geológico e arqueológico. São 250 cavernas, algumas com dimensões impressionantes, cânions profundos e pinturas rupestres pré-históricas que datam de 12 mil anos atrás. A diversidade de ecossistemas, que incluem Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, juntamente com a presença de comunidades tradicionais e indígenas, como o povo Xacriabá, tornam o Peruaçu um lugar único.
A Gruta do Janelão, com sua imponente estalactite conhecida como "Perna da Bailarina", e a Trilha do Arco do André, com seus mirantes e cavernas monumentais, são apenas alguns dos atrativos que o parque oferece. As visitas, que devem ser agendadas com o ICMBio, proporcionam uma imersão na história e na beleza natural do Vale do Peruaçu.
O reconhecimento da Unesco não apenas valorizaria o patrimônio natural do Peruaçu, mas também impulsionaria o turismo e a conservação da área. Para Minas Gerais, seria a segunda conquista internacional consecutiva, após o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2024. O estado já possui quatro títulos de Patrimônio Cultural Material: Ouro Preto, Congonhas, Diamantina e o Conjunto Moderno da Pampulha.
A expectativa é grande para o resultado da avaliação da Unesco. Se aprovado, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu se juntará a outros importantes sítios naturais brasileiros já reconhecidos, como o Parque Nacional do Iguaçu e as Reservas da Mata Atlântica. Um novo capítulo na história da conservação e do turismo em Minas Gerais pode estar prestes a começar.